sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

HIPÓFISE, HIPOTÁLAMO E EXERCÍCIO

HIPÓFISE, HIPOTÁLAMO E EXERCÍCIO
Conceito: Quando estudamos endocrinologia há um eixo de análise. O primeiro passo é a glândula, para haver secreção partimos de uma glândula. Esta secreção é o hormônio que age sobre uma célula-alvo e produz um efeito específico. Uma vez entendido este eixo: glândula – hormônio – célula - alvo – efeito, tenho que saber como ele é regulado. Quanto mais hormônio a glândula secretar menor vai ser a ativação sobre a glândula, há o efeito de inibição. Os níveis hormonais inibem a secreção glandular. Da mesma forma, quanto mais ativa tiver a célula-alvo e quanto mais efeito produzir mais inibição temos. Temos um mecanismo de retroalimentação negativa. Quanto mais ativa mais inativa ela será.
Quando pensamos em diferentes sistemas temos que lembrar que a glândula-mestra é o eixo hipotálamo-hipofisário. Mestra porque o hipotálamo está no encéfalo e na base dele está a hipófise. Divide-se em: eixo anterior (relaciona a hipófise com o hipotálamo por tratos neuronais) chama-se neurohipófise e adenohipófise (o sistema porta é o vascular).




Na neurohipófise os principais hormônios são: ocitocina e ADH.
Ocitocina: Qual a sua função? Uma é a contração uterina a outra é contração dos cornetos mamários para a ejeção de leite. Perto do parto duas coisas acontecem: dilatação e contração do colo do útero, os níveis de ocitocina começam a aumentar para estas funções.
ADH: Que é o hormônio antidiurético. Quando o corpo precisa reter água este hormônio é liberado na corrente sanguínea e age nos rins, na maior parte na alça de Henle para que a maior parte da água seja reabsorvida, evitando a sua excreção. Portando, a diurese fica mais concentrada, pois está menos diluída. Este é o mecanismo do organismo para evitar a perda excessiva de água e posteriormente a desidratação.
Na adenohipófise temos a relação com o hipotálamo pela via do sistema porta. Então temos uma série de hormônios sendo produzidos que vão ter ação na hipófise.
Hipotálamo
Hipófise
Periferia
TRH
TSH
T3 T4
GNRH
LH/FSH
Testosterona, progesterona, estrógeno
CRH
ACTH
Cortisol
GHRH
GH
X
Todos estes quatro hormônios tem RH no final, que significa hormônio da liberação. No caso do TRH é o hormônio da liberação da tirotrofina. Este TRH é secretado pelo hipotálamo e pelo sistema porta, chega à hipófise e estimula a hipófise a secretar TSH. O TSH vai estimular a tireoide que vai secretar o T3 e T4. E a função do T3 e T4 é regular o metabolismo.
O GNRH é o hormônio liberador das gonadotrofinas. Age sobre a hipófise para secretar as gonadotrofinas que são LH/FSH, hormônio luteinizante e hormônio folículo estimulante. Estes hormônios vão agir na periferia, no caso as gônadas para secretar testosterona, progesterona e estrógeno que são hormônios gonadais.
O CRH, hormônio da liberação da corticortrofina, que é o ACTH (adrenocorticotrófico) que é o hormônio do córtex da adrenalina. O ACTH vai estimular o córtex da suprarrenal a secretar cortisol.
O GHRH, hormônio da liberação do GH. A ação do GH é direta e sistêmica é diferente de outros hormônios que vão agir em uma glândula específica.
A Beta-endorfina é um hormônio hipotalâmico-hipofisiário que não pertence a este eixo. É uma molécula proteica formada a partir do ópio. É uma imensa molécula que é quebrada para formar a endorfina. A beta-endorfina é uma endorfina endógena. É um poderoso analgésico, euforizante e causador de sonolência.


Analgesia
Euforia
Sonolência
Morfina
   +++
     + 
       +
Heroína
      +
     +++
        -
Codeína
     ++
       0
       ++ 


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