MUITO
ALÉM DO PESO
O documentário aborda uma verdadeira pandemia mundial de obesidade
infantil presente contemporaneamente na sociedade. De forma dramática e
pioneiramente na história social verifica-se sintomas de patologias adultas em
crianças. Como o diabete tipo dois, artrite, hipertensão, depressão, entre
outras. Seus realizadores
discutem a participação e responsabilidade do setor público, a omissão,
ignorância ou mesmo inabilidade dos pais, a cumplicidade escolar e notadamente
peças publicitárias bombardeando o dia-a-dia dos indivíduos instigando ao
consumo desmedido de lanches rápidos e derivados.
A produção discorre admiravelmente tópicos relevantes nas estratégias de
caráter político e financeiro que envolve a temática do excesso de gordura nas
crianças. Com criticidade argumenta o poder maiúsculo e criminosamente
inescrupuloso dos fabricantes alimentícios e de bebidas subsidiados em medidas
governamentais que tornam a população condicionada ao consumo e refém desses
grandes grupos. Sustenta a controvérsia dos comerciais televisivos direcionados
implacavelmente e sem regulamentação (onde não impera o bom senso) ao universo
infantil. Informa o desconhecimento a cerca de hábitos alimentares
comprometidos com a saúde associado à oferta descontrolada de nutrição
industrializada diuturnamente sendo consumidos na escola. Defende o absoluto
descalabro da segurança institucional indispensáveis para as práticas corporais
em praças e logradouros de forma que cause menos sobressaltos. Destaca o número
estarrecedor de horas dispensado ao audiovisual, TV, computador em detrimento
às tarefas de maior motricidade. Além dos inerentes obstáculos do mundo moderno
impossibilitando comportamentos vinculados ao bem-estar.
Alguns flagrantes desse trabalho corroboram emblematicamente para o
estado geral que vivemos. E algumas perguntas são indispensáveis. Como explicar
que na América morre-se mais de AVC e infarto que homicídios ou acidentes de
trânsito? Faz sentido que crianças de 7,8, 11 anos desconheçam o que é um
simples abacate? Por que trocamos a “babá eletrônica” pelo nosso engajamento
verdadeiro com a formação de nossos filhos? O que está por trás do vínculo Mc
Donald e o governo quando este concede o título de parceiro da saúde? Por que o
Mc Donald é o maior vendedor de jogos do mundo e oferece brinquedinhos
coloridos em seus espaços? Indagações oportunas, questionamentos que permite a
reflexão.
Além disso, vejamos algumas estatísticas: 33,5 % das crianças no Brasil
sofrem de sobrepeso, 56% bebem refrigerantes antes de completar um ano de
idade, 5 horas/dia é o tempo médio diante da TV para uma criança brasileira, 51
kg de açúcar consumimos em média porá ano. Dados categóricos da realidade
nacional e do planeta ilustrados no documentário.
O filme é um “arrasa quarteirão” em nossas consciências. Ele ambiciona
desenvolver que enxerguemos além do mundo “ideal, idílico e globalizado”.
Raciocínio cimentado na produtividade ilimitada, à indispensabilidade das
coisas práticas e ausência de tempo para tudo. Isso atinge a cultura alimentar
numa sequência a saúde geral, mas sempre ladinamente com o paladar apurado das
“portas abertas da longevidade” que a bebida adocicada simboliza.
E o Professor de Educação Física com isso. Ele identifica-se com o tema?
É da sua responsabilidade? O que ele pode fazer?
Pode colaborar muito. O enfoque central é que atividade física
protagoniza como agente decisivo na guerra contra a obesidade infantil e a
partir do levantamento dos alunos com base multidisciplinar apoiado por corpo
técnico de nutricionistas desenvolverem ativamente métodos no enfrentamento da
epidemia.
As escolas, por sua vez, devem capitanear de forma importantíssima no
desenvolvimento pela informação e consciência do aluno na interação com o
exercício e a saúde nas aulas predominantemente na primeira infância. E o
personagem principal para efetiva realização do plano é o educador físico.
Como programa de ensino as atividades devem desconsiderar aspectos muito
elaborados, ver o exemplo das orientações táticas nos esportes coletivos e até
mesmo conteúdos de natureza competitiva. A condução priorizando tarefas
recreativas, explorando o conhecimento da diversidade de estilos e práticas
atinge o propósito de estimular na criança o prazer pela educação física. O
divertimento imperando, o gesto calórico é consequência imediata. A criança
precisa rolar, pular, saltar, correr vivenciando ao máximo um espectro amplo de
movimentos. Isso conecta sentidos aos pequenos no entendimento no que proporciona
a eles bem-estar.
Esta categoria de realização cinematográfica oferece material de relevo
a estudiosos, acadêmicos, público médio, educadores físicos ou não para
questionamentos e conjecturas. Pensando muito além do peso, ou quem sabe, além
disso, o céu seja o limite.
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interessante seu discurso. Vou assistir o doc.
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