sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

CRITICA DO FILME MUITO ALÉM DO PESO

MUITO ALÉM DO PESO

O documentário aborda uma verdadeira pandemia mundial de obesidade infantil presente contemporaneamente na sociedade. De forma dramática e pioneiramente na história social verifica-se sintomas de patologias adultas em crianças. Como o diabete tipo dois, artrite, hipertensão, depressão, entre outras.                 Seus realizadores discutem a participação e responsabilidade do setor público, a omissão, ignorância ou mesmo inabilidade dos pais, a cumplicidade escolar e notadamente peças publicitárias bombardeando o dia-a-dia dos indivíduos instigando ao consumo desmedido de lanches rápidos e derivados.
A produção discorre admiravelmente tópicos relevantes nas estratégias de caráter político e financeiro que envolve a temática do excesso de gordura nas crianças. Com criticidade argumenta o poder maiúsculo e criminosamente inescrupuloso dos fabricantes alimentícios e de bebidas subsidiados em medidas governamentais que tornam a população condicionada ao consumo e refém desses grandes grupos. Sustenta a controvérsia dos comerciais televisivos direcionados implacavelmente e sem regulamentação (onde não impera o bom senso) ao universo infantil. Informa o desconhecimento a cerca de hábitos alimentares comprometidos com a saúde associado à oferta descontrolada de nutrição industrializada diuturnamente sendo consumidos na escola. Defende o absoluto descalabro da segurança institucional indispensáveis para as práticas corporais em praças e logradouros de forma que cause menos sobressaltos. Destaca o número estarrecedor de horas dispensado ao audiovisual, TV, computador em detrimento às tarefas de maior motricidade. Além dos inerentes obstáculos do mundo moderno impossibilitando comportamentos vinculados ao bem-estar.
Alguns flagrantes desse trabalho corroboram emblematicamente para o estado geral que vivemos. E algumas perguntas são indispensáveis. Como explicar que na América morre-se mais de AVC e infarto que homicídios ou acidentes de trânsito? Faz sentido que crianças de 7,8, 11 anos desconheçam o que é um simples abacate? Por que trocamos a “babá eletrônica” pelo nosso engajamento verdadeiro com a formação de nossos filhos? O que está por trás do vínculo Mc Donald e o governo quando este concede o título de parceiro da saúde? Por que o Mc Donald é o maior vendedor de jogos do mundo e oferece brinquedinhos coloridos em seus espaços? Indagações oportunas, questionamentos que permite a reflexão.
Além disso, vejamos algumas estatísticas: 33,5 % das crianças no Brasil sofrem de sobrepeso, 56% bebem refrigerantes antes de completar um ano de idade, 5 horas/dia é o tempo médio diante da TV para uma criança brasileira, 51 kg de açúcar consumimos em média porá ano. Dados categóricos da realidade nacional e do planeta ilustrados no documentário.
O filme é um “arrasa quarteirão” em nossas consciências. Ele ambiciona desenvolver que enxerguemos além do mundo “ideal, idílico e globalizado”. Raciocínio cimentado na produtividade ilimitada, à indispensabilidade das coisas práticas e ausência de tempo para tudo. Isso atinge a cultura alimentar numa sequência a saúde geral, mas sempre ladinamente com o paladar apurado das “portas abertas da longevidade” que a bebida adocicada simboliza.
E o Professor de Educação Física com isso. Ele identifica-se com o tema? É da sua responsabilidade? O que ele pode fazer?
Pode colaborar muito. O enfoque central é que atividade física protagoniza como agente decisivo na guerra contra a obesidade infantil e a partir do levantamento dos alunos com base multidisciplinar apoiado por corpo técnico de nutricionistas desenvolverem ativamente métodos no enfrentamento da epidemia.
As escolas, por sua vez, devem capitanear de forma importantíssima no desenvolvimento pela informação e consciência do aluno na interação com o exercício e a saúde nas aulas predominantemente na primeira infância. E o personagem principal para efetiva realização do plano é o educador físico.
Como programa de ensino as atividades devem desconsiderar aspectos muito elaborados, ver o exemplo das orientações táticas nos esportes coletivos e até mesmo conteúdos de natureza competitiva. A condução priorizando tarefas recreativas, explorando o conhecimento da diversidade de estilos e práticas atinge o propósito de estimular na criança o prazer pela educação física. O divertimento imperando, o gesto calórico é consequência imediata. A criança precisa rolar, pular, saltar, correr vivenciando ao máximo um espectro amplo de movimentos. Isso conecta sentidos aos pequenos no entendimento no que proporciona a eles bem-estar.
Esta categoria de realização cinematográfica oferece material de relevo a estudiosos, acadêmicos, público médio, educadores físicos ou não para questionamentos e conjecturas. Pensando muito além do peso, ou quem sabe, além disso, o céu seja o limite.
     


                                              

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