sábado, 14 de dezembro de 2013

GASTROINTESTINAL E EXERCICIO

Sistema gastrointestinal e exercício



O tubo digestivo é dividido em trato gastrointestinal superior, trato gastrointestinal inferior: 
Trato gastrointestinal superior
É composto pela boca, faringe, esôfago e estômago.
Boca
 ocorre o processo de mastigação iniciando-se assim o processo de digestão dos alimentos com a formação do bolo alimentar.
A faringe
 auxilia no processo de deglutição (ato de engolir).
O esôfago
é o canal de passagem para onde o bolo alimentar é empurrado por meio de contrações musculares (movimentos peristálticos) até o estômago.
No estômago,
 inicia-se o processo de degradação dos alimentos. O bolo alimentar torna-se mais líquido e ácido passando a se chamar quimo e vai sendo, aos poucos, encaminhado para o duodeno.
Trato Gastro Intestinal Inferior
      Intestino Delgado
São produzidas em sua parede as enzimas: peptidase para digestão de proteínas, maltase para digerir a maltose, lactase para digestão da lactose e a sacarase que digere a sacarose. A superfície interna, ou mucosa, dessa região, apresenta milhões de pequenas dobras, chamadas vilosidades com o que aumenta a superfície de absorção intestinal. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os eletrólitos as vitaminas.
O intestino delgado se divide em:
·                       Duodeno - Por sua vez dividido em quatro partes com forma de C, é no duodeno que o suco pancreático (neutraliza a acidez do quimo e faz a digestão de proteínas, de carboidratos e de gorduras) e a secreção biliar (emulsificação de gorduras) agem atacando a quimo e a transformando em quilo.
·                       Jejuno - Local onde começa a absorção dos nutrientes.
·                       Íleo – É o último segmento do intestino delgado.
      Intestino Grosso
Está dividido em quatro partes: ceco, cólon e reto. É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.
·                       Ceco - É a porção inicial do intestino grosso de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo com o ceco - válvula ileocecal. No fundo do ceco encontramos uma ponta chamada apêndice cecóide ou vermicular.
·                       Cólon - É a região intermediária, um segmento que se prolonga do ceco até o ânus, está subdividido em cólon ascendente, cólon transverso e cólon descendente.
·                       Sigmoide - O sigmoide ou porção pélvica é a seção do intestino grosso que liga a porção transversal do mesmo ao reto.
·                       Reto - É a parte final do tubo digestivo e termina-se no canal anal. Ele possui geralmente três pregas em seu interior e é uma região bem vascularizada.
·                       Ânus - Controla a saída das fezes está localizado na extremidade do intestino grosso.

Influencia do exercício sobre o sistema gastrointestinal

Como o sistema gastrintestinal manipula uma solução ingerida durante o exercício.
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO.
Enquanto os alimentos ingeridos encontram-se no estômago, eles são misturados com secreções gástricas (que contêm enzimas digestivas para degradar os alimentos em pequenas
subunidades), ácido clorídrico (que ativa algumas enzimas e elimina bactérias) e numerosos eletrólitos.Essas secreções são importantes para a digestão adequada dos alimentos ingeridos e a absorção dos nutrientes que eles contém. Quando misturados com essas secreções, os alimentos são
esvaziados do estômago para o intestino delgado (o duodeno); esse processo é denominado esvaziamento gástrico. Embora a regulação neural e hormonal do esvaziamento gástrico não seja totalmente compreendida, sabemos que uma grande variedade de estímulos afeta a velocidade com que uma solução passa através do estômago. Por exemplo, um grande volume de alimento no estômago dispara receptores neurais das paredes gástricas duodenal para aumentar o esvaziamento gástrico.
No entanto, se o conteúdo do alimento ingerido é, em grande parte, de gordura, a velocidade de esvaziamento gástrico será inibida em razão da densidade calórica da gordura. Como o esvaziamento gástrico é afetado pelo o exercício?
O esvaziamento gástrico é afetado de três formas, pela a intensidade do exercício, pela duração do exercício e, pelo tipo de exercício. 
Intensidade do exercício:
O esvaziamento gástrico é reduzido significativamente durante o exercício intenso (acima de 70% a 80% do VO2máx).  Em contrapartida, a atividade menos intensa, como a caminhada, na realidade aumentava a velocidade de esvaziamento gástrico Portanto, supõe-se que os mecanismos fisiológicos que regulam o esvaziamento gástrico em repouso e durante a atividade de intensidade leve a moderada sejam similares. A intensidade de exercício necessária para comprometer o esvaziamento gástrico também pode variar com o nível de condicionamento físico do indivíduo. Num indivíduo, a simples
caminhada rapidamente torna mais lento o esvaziamento gástrico. Mas num outro indivíduo que treina regularmente, a corrida de 3,2 Km não tem efeito sobre a função gástrica. Por essa razão, quanto mais bem condicionado estiver o indivíduo, menor será o impacto do exercício sobre a função gástrica
 Duração do Exercício:
Para determinar os efeitos da duração do exercício sobre a velocidade de esvaziamento gástrico, uma série de estudos examinou a velocidade em quatro pontos durante 2 horas de exercício em bicicleta. Apesar dos efeitos fatigantes do exercício, não ocorreram alterações na velocidade de esvaziamento gástrico durante a atividade.
Tipos de Exercício:
Nem todos os tipos de exercício causam os mesmos efeitos. Por exemplo, foi demonstrado que a água e soluções contendo carboidratos são esvaziadas do estômago 38% mais rapidamente durante o exercício moderado sobre a esteira rolante do que quando os indivíduos permanecem inativos após a ingestão de água e soluções. O exercício em bicicleta submáximo também poderia aumentar a velocidade de esvaziamento gástrico, embora investigações recentes sobre isso tenham apresentado resultados conflitantes. . No máximo, podemos concluir que tipos diferentes de exercício podem afetar de forma diferente a velocidade de esvaziamento gástrico.
 ABSORÇÃO INTSTINAL DE NUTRIENTES.
Ao ingerir alimentos contendo carboidratos durante o exercício de endurance, a absorção intestinal é um pouco retardada porque a maioria das soluções que contêm carboidratos é mantida no estômago por um pequeno período de tempo, durante o qual o estômago tenta diluir a solução misturando-a com as secreções gástricas. Por essa razão, os primeiros traços de qualquer solução contendo açúcar aparecem no sangue somente 5 a 7 minutos após o seu consumo. Esse retardo permite que o estômago libere líquidos que podem ser rapidamente absorvidos pelo intestino delgado.A digestão é completada no intestino delgado e, em seguida, os nutrientes são absorvidos através da parede intestinal parta o sangue para suprirem as necessidades do organismos. Esse processo afeta diretamente a manutenção da homeostasia dos líquidos e dos substratos durante o exercício. Nem todos os produtos da digestão são absorvidos com a mesma velocidade ou através dos mesmos mecanismos. Como o exercício afeta a absorção intestinal?
A maioria dos fisiologistas concorda eu o exercício moderado a intenso reduz o fluxo sangüíneo intestinal. Como as substâncias devem ser absorvidas através da parede intestinal para o sangue, as reduções do fluxo sangüíneo sugerem que há uma menor oportunidade para a absorção. Entretanto, observa-se que o exercício a 75% do VO2máx não compromete a absorção intestinal de líquidos contendo carboidratos e cloreto de sódio. Isso levou à conclusão de que, na maioria das situações de exercício, o fluxo sangüíneo intestinal e a ação peristáltica normal não têm um papel importante na alteração da absorção.  Durante o esforço altamente intenso, no entanto, como na corrida de longa distância ou na competição de triatlo, a incidência relativamente elevada de desconfortos gastrintestinais sugere que podem ocorrer algumas alterações sérias da função intestinal. As câimbras abdominais, por exemplo, podem indicar a interrupção do suprimento de oxigênio (e mesmo de sangue).A diarréia associada ao exercício de endurance (como a corrida de maratona) parece ser de natureza psicogênica ou emocional. A ansiedade ou estímulo emocional associado à competição pode acelerar a passagem de materiais através dos intestinos, reduzindo o tempo para a absorção de água. Essa diarréia induzida pelo o exercício é causada pela estimulação excessiva do sistema nervoso parassimpático. Vários fatores podem afetar a absorção intestinal durante o exercício, como o tipo de exercício, a temperatura ambiental e a formulação das soluções ingeridas. Alguns estudos mostram que, durante o exercício, as taxas de absorção de água, Na+, K+ e Cl-são reduzidas. Porém, a maioria dos estudos concluiu que o exercício não influência a absorção intestinal

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