CONSUMO DE OXIGÊNIO E LACTACIDEMIA
Para medir sistema anaeróbio um
dos marcadores é o lactato, por outro lado quando o sistema é o aeróbio o
marcador é o oxigênio. Consumo de oxigênio é igual a débito cardíaco
multiplicado pela diferença artério venosa de oxigênio. Isto faz com que os
sistemas cardíaco, respiratório e muscular se relacionem. Se pensarmos em
determinado sistema aeróbio o músculo vem em primeiro lugar (o mais importante
na determinação do consumo de oxigênio). Quando estamos fazendo um exercício
muito intenso chega uma hora que identificamos sinal de fadiga que são falta de
ar e o próprio músculo, significa que a musculatura atingiu o máximo da
capacidade de extração de oxigênio e isso está fazendo o metabolismo aeróbio
subir, resultado não consigo aumentar o resultado pelas vias aeróbias, tenho
que recorrer ao anaeróbio. Consequência: dispneia e acidose. Podemos analisar o
consumo de oxigênio de duas formas: teste retangular ou teste de escada.
O consumo máximo de oxigênio de
atletas de elite em modalidades esportivas.
O esqui cross country é uma
atividade de corpo inteiro, membro superior, membro inferior e tronco então
entende-se o consumo alto de oxigênio diferente de um ciclista que só tem
atividade de membro inferior. O remador tem um consumo maior que o jogador de
futebol. Curioso que o remo também é um esporte de corpo inteiro e atinge este
consumo numa prova de 2000m em média com duração de 6 a 8 minutos; o esqui é de
50 km, a maratona de 42 km e o ciclismo de 200 km. É uma prova curta o remo
mesmo assim ela atinge este alto consumo pela massa muscular envolvida.
O que acontece com o consumo
máximo de oxigênio em relação ao processo de envelhecimento. Tenho em média a
queda por década de 7 ml/kg/min do consumo máximo de oxigênio decorrente do
processo de sarcopenia, queda de massa muscular que leva a queda do consumo
máximo de oxigênio.
Falando em lactato, ele é um
marcador de atividade glicolítica em especial anaeróbia. O que notamos de
comportamento do lactato frente à carga progressiva: a concentração de lactato
em cargas baixas não muda, aumento a intensidade e a concentração continua
imutável e finalmente existe uma segunda intensidade a partir da qual o lactato
dispara. Porque numa determinada carga a produção de lactato aumentou
desproporcionalmente? Pela própria via glicolítica à medida que aumentava a
carga de trabalho aumentava a produção de piruvato, só que à medida que isto
ocorre demandamos mais e mais transportadores de piruvato chegando uma hora que
satura. Quando satura quebra a produção, numa determinada intensidade tem
saturação e a produção de lactato dispara.
Se medirmos a concentração de
lactato em criança de diferentes faixas etárias. O que se verificou que
crianças de idade muito precoce apresentam baixa concentração de lactato
muscular, além disso, o desempenho em testes anaeróbios é significativamente
mais baixo que adultos. Por quê? Se medirmos a atividade da fosfofrutoquinase
em relação à idade, nas idades mais precoces a atividade é muito baixa e a
partir da puberdade estabiliza. Portanto, uma criança tem baixa atividade
glicolítica e baixa atividade de conversão de lactato. Conclusão: tem baixa produção
de lactato. Destacando que uma criança do ponto de vista metabólico é
aerobiamente melhor que o adulto e anaerobiamente inferior. Na esfera do
treinamento é inconcebível o aeróbio láctico em crianças.
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