A glicose se encontra no líquido
extracelular, sua formula é C6H12O6.
Para que ocorra a conversão
energética é preciso que essa glicose seja captada pela célula, dando inicio ao
ciclo da glicólise, essa captação ocorre através da proteína carreadora Glut4
(proteína transportadora específica de tecidos muscular e adiposo). Depois que
a glicose se encontra dentro da célula inicia-se a ação da hexoquinase que
fosforila a glicose, transformando-a em glicose 6-fosfato gastando 1 ATP. A
glicose 6-fosfato é transformada em frutose 6-fosfato através da enzima fosfofrutoquinase
(PFK) que se utiliza de um fosfato do ATP para gerar a frutose 1,6-difosfato, então
a frutose 1,6-difosfato divide-se em duas moléculas fosforiladas com três
cadeias de carbono que sofrerão 5 novas reações onde cada molécula forma um
NADH + H+ que será utilizado na cadeira de transporte
de elétrons, 2 ATPs e um Piruvato.
O piruvato pode ser convertido em
lactato, AcCoA (acetilcoenzima A), alanina, oxalacetato.
GLICÓLISE AERÓBIA
O que determina para onde vai o
piruvato é o gradiente de concentração de piruvato dentro e fora da
mitocôndria. Quando estamos em repouso o
piruvato é transportado para dentro da mitocôndria, onde é transformado em AcCoA.
Esse transporte é feito através do transportador MCT (monocarboxylate
transporter), por um sistema de difusão facilitada, ou seja, esse transporte é
limitado pelo número de MCTs existentes. Durante essa passagem ocorre a
liberação de 1 NADH. Dentro da mitocôndria a AcCoA reage com o oxilacetato
formando citrato e desencadeando o Ciclo de Krebs. Durante o Ciclo de Krebs são
produzidos 3 NADH, 1 FADH e 1 ATP.
O FADH e o NADH são nucleotídeos
reduzidos de alto nível energético e são oxidados na membrana interna da
mitocôndria, passando por cinco complexos de oxidação, como temos na figura
abaixo:
Como vimos na imagem essa
oxidação reconstitui 3 ATPs e libera 2H+ + O + 2 elétrons = H2O.
A liberação desse 2H+ torna o meio mais ácido, e além disso o
oxigênio atômico desta equação não é encontrado na natureza, porém com a
presença de outros NADH na reação ocorre um balanço estequiométrico gerando a
equação final:
4H+ + O2
+ 4e- → 2H2O
Esse balanço energético
neutraliza os hidrogênios e mantém o pH. O FADH, por sua vez, acopla-se ao C2 e
passa pelo mesmo processo que o NADH, no entanto, só sintetiza 2 ATPs.
A lançadeira de elétrons joga os
NADH da glicólise para dentro da mitocôndria, lembrando que cada NADH
reconstitui 3 ATPs.
Agora vamos resumir o rendimento
energético deste processo:
- Glicólise: de glicose até piruvato = 2 ATPs;
- NADH: 4 (nº de NADH liberados na glicólise até a entrada do piruvato na mitocôndria) x 2 (nº de piruvatos) x 3 (nº de ATPs gerados por 1 NADH) = 24 ATPs;
- FADH: 1 (nº de FADH liberados no ciclo de Krebs) x 2 (nº de piruvatos/ ciclos de Krebs) x 2 (nº de ATPs gerados pelo FADH) = 4 ATPs;
- Cada Ciclo de Krebs gera 1 ATP, como temos um ciclo para cada piruvato = 2 ATPs
- Lançadeira de elétrons: 2 NADH x 3 ATPs = 6 ATPs;
No total temos 38 ATPs/glicose
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