quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Compostos Fosforados e CP

Existem diversas formas de energia, são elas: luminosa, química, mecânica, elétrica, nuclear e térmica. De acordo com o gasto de energia corporal podemos classificá-las em uma escala de importância, onde a mais utilizada é a energia térmica, seguida pela energia mecânica e por fim as energias elétrica e química com a mesma importância.


A adenosina trifosfato, mais conhecida como ATP é um nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas. Ela é composta de adenosina e três radicais de fosfato.
  

Para liberar energia é necessário que o ATP seja hidrolisado gerando um ADP (adenosina difosfato) + Pi (fosfato inorgânico) liberando em torno de 7 a 12 Kcal/mol. Um indivíduo de 70 Kg possuí em torno de 50 gramas de ATP armazenada no corpo, que representa 5 mM de ATP por Kg de músculo. Durante o dia o mesmo indivíduo consome 190 Kg de ATP.



Mas como podemos gastar 190 Kg de ATP se nosso corpo armazena apenas 50 gramas? Durante as 24 horas estamos sempre ressintetizando ATP com a ajuda da creatina fosfato (CP) e da creatinaquinase (CK). A CP é uma cadeia de 3 aminoácidos (tripeptídeos) ligados a um fosfato. Nosso corpo tem uma reserva de 25 mM.

Quando o ATP é hidrolisado ela gera um ADP + Pi. O acúmulo de ADP no organismo ativa a CK que é responsável pela quebra da CP em creatina + fosfato. A energia liberada por esse quebra é usada, juntamente com o ADP + Pi da hidrolise anterior, para ressintetizar um ATP. A energia para que ocorra esse ressíntese é maior do que a da hidrólise.


Gráfico 1


Durante uma atividade de alta intensidade, depois de um curto espaço de tempo os níveis de CP chegam próximos de zero, nosso organismo já não consegue mais ressintetizar ATP, pois não teremos mais a energia gerada pela quebra da CP que é a responsável pela ressíntese do ATP, com isso os níveis de ATP no organismo diminuem. Mas o que isso causa na prática?


Gráfico 2

Em uma corrida de 100 metros rasos, para alcançar a velocidade máxima e mantê-la o indivíduo precisa de ATP. Como vimos no gráfico 1, com a passagem do tempo ocorre a queda de CP e consequentemente a queda na ressíntese da ATP, na prática isso irá acarretar na perda de velocidade por parte do indivíduo após um curto espaço de tempo como é mostrado no gráfico 2.

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